sábado, 13 de dezembro de 2025

QUE PRESENTE EU GOSTARIA DE GANHAR NO NATAL !

Que presente eu gostaria de ganhar no Natal

São tantos os presentes desejados!
Primeiro a saúde e união das famílias.
Depois um Natal cheio de alegria.
Com músicas que tocam nossos corações.

Surpresas materiais até nos agradam,
Viajar é muito interessante,
Assistir uma Cerimônia Natalina é gratificante.
Reencontro de famílias e amigos queridos é fascinante.

Mas quando pensamos no próximo,
Temos muita coisa a desejar.
O conforto, a estabilidade e boa alimentação,
É o que todos precisam para uma boa sobrevivência.

Temos o lado emocional que nos toca.
Imagine ver o sorriso de uma criança carente,
Ganhando um briquedo que lhe faça feliz,
Um alimento que lhe agrada,
E os animais sendo tratados com respeito e carinho.

Os velhinhos humildes, Saboreando um prato saboroso natalino,
Um doente, voltando a sorrir,
Um casal se reconciliando com amor.

Natal amigos, é tempo de confraternização.
É tempo de Fé, Esperança e Otimismo,
De muita gratidão e paz entre os homens,
De um mundo,
Abençoado por Deus.

5-12-2025
Maria do Carmo Marques
Lions Clube Marília Literário
Lions Clube BH Solidariedade
APLIONS



segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Assembleia Festiva de Natal 2025

 Sob a presidência do casal Juscelino Rodrigues e Silvia Samara, o Lions Clube de Ribeirão Preto-Centro, promoveu nesta última sexta-feira, 05/12, no Salão de Eventos da Cantina 605, a sua tradicional Assembleia Festiva de Natal, com participação expressiva de Leões, Domadoras e Convidados.


Durante o transcorrer do cerimonial, preparado com muito carinho pela Diretoria Social (leia-se Silvana e Marcos Zamboni), a Leão Silvana leu uma linda mensagem alusiva às festividades de Natal.


Momentos de alegria e de companheirismo, foram vivenciados intensamente nessa última Assembleia do ano de 2025.















sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Porque os Lions Clubes precisam ficar atentos sobre a questão da conservação dos seus associados

 

Porque os Lions Clubes precisam

ficar atentos sobre a questão da

conservação dos seus associados

 

 

PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI (*)

 

           

Muito se tem escrito, falado e comentado sobre o porquê de tantos associados se desligarem dos seus respectivos Lions Clubes.  O tema é importante e merece ser questionado por todos aqueles que se preocupam com a vida leonística.  Peço licença aos notáveis Leões e Domadoras para, também, “colocar minha colher de pau” para mexer esse angu.

 

            Se o Clube NÃO PROPORCIONAR ao associado, principalmente quando recém-admitido, a oportunidade de experimentar aquilo que está procurando, e se ele NÃO SE SENTIR SATISFEITO, com certeza vai procurar outro lugar para ter a chance de exercer seu serviço voluntário.  E cada desligamento impacta diretamente na sustentabilidade, eficácia e capacidade que o Lions Clube tem para cumprir sua missão.

 

            Os membros do clube que são mais antigos em nosso movimento possuem, certamente, conhecimento institucional e experiência valiosa sobre os processos e a causa do leonismo.  E esses membros são peças fundamentais na ação para evitar o desligamento dos seus associados, principalmente dos que foram admitidos mais recentemente.  E por que dessa afirmação?  Porque a perda frequente desses associados resulta na ausência de conhecimento e descontinuidade de projetos, forçando a equipe, toda vez que isso acontece, recomeçar constantemente a capacitação com a eventual chegada de novos membros.

 

            Um quadro social estável e comprometido demonstra solidez e seriedade tanto para a comunidade como para parceiros.  E isso é crucial para a credibilidade da nossa instituição e para a eventual captação de novos recursos e parcerias.

 

            Membros engajados tendem a ser mais produtivos e a promover um ambiente de trabalho mais positivo.  A rotatividade de associados pode levar à desmotivação e sobrecarga da equipe remanescente, que precisa, sempre que isso ocorre, absorver as tarefas e treinar os recém-chegados, o que afeta e interfere no clima organizacional.

 

            A missão principal do Lions Clube é gerar impacto positivo na comunidade.  E um quadro associativo coeso e estável é mais eficiente na execução das suas atividades afins (especialmente na aplicação das causas globais de Lions Internacional), garantindo a eficiência e eficácia das ações.

 

            E a conservação de associados, nesse sentido, garante a representatividade da base social da nossa organização e a participação continua na comunidade, o que é fundamental para os objetivos a que nos propomos.

 

            Pesquisas realizadas indicam que grande parte dos associados deixam o Lions nos três primeiros anos após seu ingresso.  E, perdoem a franqueza, existem inúmeras razões para isso.  Algumas são:

 

            - Falta de planejamento para com as atividades do Clube.

            - Reuniões longas, cansativas e não cumprimento do horário.

            - Falta de envolvimento do Clube junto à comunidade.

            - Ausência de espírito de equipe.

            - Falta de liderança, principalmente do Presidente.

            - Formação de grupinhos, igrejinhas e panelinhas dentro do Clube.

 

            Quais são os antídotos para sanar essas falhas eventuais?  Eles existem?  E se existirem, quais são?  Vou tentar resumir cada uma das razões acima apontadas da forma mais sucinta possível.

 

            SOBRE A FALTA DE PLANEJAMENTO:   Peter Drucker, em uma de suas obras, afirmou que “o planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas sim a implicações futuras de decisões presentes”.  É a síntese perfeita da questão!

 

            SOBRE REUNIÕES LONGAS E NÃO CUMPRIMENTO DO HORÁRIO:  Reuniões produtivas, objetivas, interativas e participativas são importantes para o bom funcionamento e sucesso de qualquer Clube.  Quanto ao horário, bem, seu próprio objetivo já o define: ele foi feito para ser cumprido.

 

            SOBRE A FALTA DE ENVOLVIMENTO JUNTO À COMUNIDADE:  A probabilidade de um associado deixar o Clube é bem menor quando ele tem participação ativa nas atividades comunitárias, onde pode exercer sua liderança.

 

            SOBRE A FALTA DE ESPÍRITO DE EQUIPE:  Quando se trabalha em equipe todos se beneficiam:  associado, Clube, Distrito, Lions Internacional e, principalmente, a comunidade.  Com trabalho de equipe as ações alcançam maiores horizontes e ficam mais suaves, pois a responsabilidade pelo sucesso é de todos.  Uma equipe é um time de pessoas que têm o mesmo objetivo.

 

            SOBRE A FALTA DE LIDERANÇA DO PRESIDENTE:  o Presidente é o líder maior do Clube.   Em uma assembléia, deve e precisa usar o martelo e bater o sino sempre que necessário.  Não deve ser omisso, porém não pode tomar partido em assuntos polêmicos.  Não deve permitir discussão de assuntos alheios aos objetivos e projetos do Clube.  Deve delegar tarefas, sem abdicar da responsabilidade.

 

            SOBRE GRUPINHOS, IGREJINHAS E PANELINHAS:  Isso deve e pode ser evitado desde que todos os associados se sintam integrados ao grupo e envolvidos nos assuntos de interesse do Clube.  Não pode existir no Clube o grupo do NÓS ou o grupo do ELES, mas sim o grupo essencial e vigoroso do “NÓS SERVIMOS”.

 

            Não podemos tapar o sol com a peneira, pois a realidade dessas falhas, infelizmente, ainda é constatada em muitos dos nossos Lions Clubes.

 

            Para encerrar, e em resumo ao que deu origem a esta pequena mensagem, a retenção de associados é um pilar estratégico para a estabilidade, eficiência e sucesso de longo prazo para todos os Lions Clube.

 

            Um fraterno abraço leonístico a todas e a todos.

 


 

(*)          Associado do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)

                Ex-Governador 1997-1998 do Distrito L-17 (atual LC-6)

                Membro da AGDL-Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil

                Confrade do APLIONS-Apaixonados por Lions

                E-mail:  andriani.ada@gmail.com






segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

BIBLIOTECA BÁSICA PARA LIONS CLUBES

 

BIBLIOTECA BÁSICA PARA LIONS CLUBES

 

PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI (*)

 

 

            A palavra biblioteca é de origem grega.  Surgiu da junção das palavras “biblio” e “têke”, que significam conjunto de “prateleiras ou depósito para guardar livros, escritos, rolos de papiro ou pergaminho arrumados em estante”.

 

 É a coleção de livros e documentos para estudo, leitura e consulta.

 

            Uma biblioteca básica não é um tipo de biblioteca, mas refere-se à COLEÇÃO ESSENCIAL DE ÓBRAS que formam o acervo de um corpo fundamental de uma área.

 

Por exemplo:  qual deve ser a biblioteca básica para um Lions Clube.  É uma coleção fundamental de um conjunto de obras que representa o essencial de uma atividade, que em nosso caso é o leonismo.  É a base para o conhecimento que serve como um ponto de partida para o estudo e a compreensão daquilo que representa a prática do nosso serviço desinteressado.

 

            A seleção do acervo que representa a biblioteca básica das obras para um Lions Clube é feita com base em critérios como a importância cultural, a relevância histórica e a representatividade daquilo que nos mostra para a comunidade.

 

            No Lions nós temos necessidades específicas.

 

Nossa biblioteca básica, portanto, precisa conter documentos para suprir as necessidades do nosso público alvo, que são os dirigentes dos clubes, os Leões, as Domadoras e os Leos. 

 

Ela pode existir fisicamente, ocupando espaço com o acervo, ou digitalmente, com os documentos disponíveis no computador.

 

            E qual é a coleção essencial de obras que deve constituir a biblioteca básica de um Lions Clube?  São os estatutos, regulamentos e normas que definem a estrutura, os objetivos e o funcionamento de Lions Internacional e seus distritos e clubes legalmente constituídos.

 

            ESTATUTO é o documento formal que estabelece as diretrizes gerais e a identidade da nossa organização.  Ele estabelece os objetivos, a sede, a denominação, os direitos e deveres dos seus membros (associados), as fontes de recursos e o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos.  Lida com os aspectos gerais e a essência da organização, sendo um documento que define a nossa personalidade jurídica.  Atua, por assim dizer, como a certidão de nascimento do leonismo.

 

            REGULAMENTO é um detalhamento das regras para o cotidiano da entidade.  Disciplina o funcionamento interno e a rotina da nossa organização, abordando o cotidiano e a aplicação do que está no Estatuto.  Ele foca as normas mais específicas e práticas, sendo um instrumento para facilitar a lida com questões internas não previstas no Estatuto e na legislação existente.

 

            NORMAS são as regras específicas e técnicas que regem as atividades da Associação.  Detalham e complementam a aplicação de leis e estatutos, estabelecendo procedimentos, critérios e diretrizes para a execução de atividades e funcionamento de órgãos.  Abrangem áreas específicas como segurança, saúde, educação ou meio ambiente, garantindo a conformidade com a legislação vigente.

 

            Resumindo:  o Estatuto é o “o quê” e o “porquê” da nossa entidade.  O Regulamento é o “como” do dia-a-dia.  E as Normas são as regras detalhadas e técnicas para as práticas das nossas atividades.

 

            E quais são os documentos que devem constituir a “Biblioteca Básica do Lions Clube”, ficando à disposição permanente para consulta de dirigentes, Leões, Domadoras e Leos? 

 

Permito-me apresentar a seguinte sugestão:

 

            - Estatuto do Distrito

            - Regimento Interno do Distrito

            - Regimento Interno do Conselho de Ex-Governadores

            -Regulamento do Conselho de Ética do Distrito

            - Regimento Interno da Comissão de Finanças do Distrito

            - Regimento Interno do Fundo de Reservas do Distrito

            - Regulamento do “Mútuo Leonístico” do Distrito

            - Ritualística de Funeral do Distrito

            - Estatuto e Regulamentos de Lions Internacional (LCI)

            - Normas da Diretoria de LCI

            - Estatuto e Regulamentos Padrão de Distrito Múltiplo de LCI

            - Modelo Padrão de Estatuto e Regulamentos de Distrito de LCI

            - Estatuto e Regulamentos Padrão de Clube de LCI

            - Guia para Núcleos de LCI

            - Guia do Assessor do Quadro Associativo de Clube de LCI

            - Outras Guias e Manuais sugeridos e editados por LCI

 

            Os interessados poderão obter os documentos distritais através do site oficial do Distrito;  se não conseguirem, façam o pedido diretamente ao Governador ou ao Secretário Geral do Distrito.  Os documentos internacionais poderão ser obtidos acessando o site oficial de Lions Internacional.

 

            Um fraterno abraço a todas e a todos.

 

 

 

 

 

(*)          Associado do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)

                Ex-Governador 1997-1998 do Distrito L-17 (atual LC-6)

                Membro da AGDL-Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil

                Confrade do APLIONS-Apaixonados por Lions

                E-mail:  andriani.ada@gmail.com

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

A Responsabilidade do Padrinho

 A Responsabilidade do Padrinho

PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI (*)

Participei rcentemente, como convidado, da assembleia

ordinária (reunião de trabalho) de um Lions Clube com o qual tenho

ligações fraternais.

Durante o evento, minha atenção foi despertada para a

manifestação de um Leão recém admitido em nosso movimento.

Aceitando convite formulado pela diretoria, ele foi encarregado de

proferir a instrução leonística da noite. Falou exatamente sobre ela

e da sua importância.

O que avivou minha atenção não foi propriamente a

mensagem daquele jovem Leão, por sinal muito expressiva, mas a

coragem leonistica que ele demonstrou com toda plenitude.

Comentou as dificuldades que encontrou e ainda está encontrando

para seu absoluto enquadramento em nosso movimento,

ocasionadas, especialmente, pelo alheamento do seu padrinho na

sua orientação específica e necessária. E falou olhando para o

próprio padrinho, com uma segurança que impressionou a todos.

As considerações que aquele Leão apresentou para os

participantes da assembleia, sinceras, muito bem pensadas e

concatenadas, pois emanadas do seu íntimo, refletem uma situação

real e nos coloca frente a frente uma questão que está merecendo a

atenção de todos aqueles que se preocupam com o futuro do

leonismo, ou seja, a responsabilidade do padrinho.

O Clube precisa da admissão de novos associados, objetivando

seu constante fortalecimento e a necessária revitalização do

movimento. E temos hoje, como exemplo, o projeto da Missão 1.5

implantado por Lions Internacional. Só que as admissões,

necessárias, precisam ser robustecidas pelas qualidades e condições


das pessoas que são aprovadas e convidadas para engajamento. Aí

reside um dos fatores que contribui decisivamente para o sucesso

ou fracasso das atividades de cada novo associado: a

responsabilidade do padrinho.

Sempre que um novo associado é admitido, o Leão padrinho

também tem suas responsabilidades redobradas (“Você cumprirá

com suas obrigações para com o nosso novo associado?” – indaga o

juramento do padrinho, que, aliás, muitas vezes é abolido pelos

Clubes durante a solenidade de posse).

As obrigações do padrinho não se limitam simplesmente a

preencher um formulário e enviá-lo ao Presidente da Comissão de

Associados. Ele tem responsabilidades adicionais, entre as quais,

em resumo, destacam-se: 1)“Lembrar aos dirigentes para que

ofereçam incumbências que possibilitem ao novo associado tornar-

se um Leão ativo e interessado”; 2) “Pedir uma reunião de

orientação sobre o leonismo”; 3) “Instruir o novo associado acerca

do Estatuto do Clube”; 4) “Responder a quaisquer perguntas que

ele possa fazer sobre o funcionamento do Clube ou sobre qualquer

assunto leonístico”; 5) “Incentivá-lo para que não hesite em

informá-lo sobre qualquer problema que tiver”; 6) “Orientá-lo

principalmente durante o primeiro ano da sua carreira leonística”.

Como se nota, não basta apenas indicar um novo associado!

Não basta ser padrinho! É preciso participar! É preciso, antes e

acima de tudo, saber porque é padrinho e assumir as atribuições

inerentes a essa importante e indispensável atividade leonística.


(*) Associado do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)

Ex-Governador 1997-1998 do Distrito L-17 (atual LC-6)

Membro da AGDL-Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil

Confrade do APLIONS-Apaixonados por Lions

E-mail: andriani.ada@gmail.com

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Lions x Rotary

 

Lions x Rotary

 

 

PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI  (*)

 

 

Lions Clube e Rotary Clube são organizações de serviço que unem voluntários para promover o bem nas comunidades e no mundo, com base nas causas globais que patrocinam e no desenvolvimento social.  Ambas atuam em áreas diversas como saúde, educação, cultura, meio ambiente e outras, embora o Lions seja mais focado no serviço às comunidades locais.

 

            A principal diferença é que Rotary é uma rede de líderes voluntários que foca em projetos humanitários com ênfase no companheirismo e ética profissional.  Já o Lions é uma organização de serviço composta por voluntários de diversas profissões, com o objetivo principal de ajudar as comunidades através de projetos de ajuda humanitária.

 

            São duas organizações de serviços com o objetivo comum de fazer o bem para as comunidades em ações voluntárias, no fomento do companheirismo e na promoção de altos padrões éticos e boa cidadania.

 

            Ambas são globais, mas cresceram com ênfases e cronogramas levemente diferentes, mas podem, eventualmente, se unir na execução de projetos.

 

            Em geral, a distinção principal entre as duas organizações reside em seus focos de atuação, embora ambas tenham o objetivo de servir à comunidade. 

 

Lions e Rotary cooperam em iniciativas humanitárias globais.

 

            Apesar da similaridade, Lions e Rotary possuem algumas abordagens e focos ligeiramente distintos no que diz respeito às suas histórias, objetivos, cultura e ambiente.  Vou procurar relatar, modestamente, essas pequenas distinções, que apurei pesquisando a literatura existente.

 

 

NASCIMENTO E ORIGEM DO LIONS:

 

            Embora Lions Internacional tenha eternizado, em suas literaturas, que a organização nasceu em 1917 e seu fundador foi Melvin Jones, essa história da sua fundação tem sérias e contundentes controvérsias.

 

            Cito abaixo um resumo que, na minha modesta opinião, é esclarecedor dessas controvérsias.

 

            William Perry Woods nasceu em 20 de maio de 1877, em Clarinda, Iowa, nos Estados Unidos, filho de Renwick e Hellie Tracy Woods.  Tornou-se um cirurgião de destaque, estabelecendo-se e clinicando em Evansville, Indiana.  Em 1911 ele fundou a “Royal Order of Lions”, uma ordem fraternal e sigilosa.  Rapidamente, estabeleceu dezenas de filiais (lojas) em vários estados americanos.  Essas filiais, ou “antros”, assim denominados à época, eram formadas por empresários de prestígio, com o objetivo de promover o companheirismo e a boa vontade.   Essas filiais foram incorporadas por Woods, em 24 de outubro de 2016.  Os registros corporativos do Estado de Indiana mostram que, nesta data, o Dr. Woods, Carmi Hicks e C. R. Conan protocolaram os artigos de incorporação de uma organização sem fins lucrativos, em uma entidade denominada “International Association of Lions Clubs”.  (abro um parêntesis para esclarecer:  tenho em mãos uma cópia do primeiro estatuto social desta entidade, com oito artigos, datado de 25 de outubro de 1916, e com assinaturas de William P. Woods (presidente), Carmi Ricks (secretário) e C. R. Conan (tesoureiro).  O artigo I desse estatuto estabelece:  “The name or title by which said Corporation is to be known in law is, “THE INTERNATIONAL ASSOCIATION OF LIONS CLUBS” (tradução: “O nome ou título pelo qual a referida corporação será conhecida por lei é “ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE LIONS CLUBES”.  (fecho o parêntesis).  Todos os Lions Clubes fundados nos Estados Unidos após 30 de agosto de 1916 foram organizados sob esse nome e havia 35 clubes que tinham recebido o estatuto da associação.  Em uma reunião do Chicago Business Circle, realizada em 7 de junho de 1917, no La Salle Hotel, em Chicago, o Dr. William Woods é listado na ata como “Presidente da Associação Internacional de Leões” e representando 27 Lions Clubes referenciados sob esse nome.  Em 21 de julho de 1917 o Dr. Woods notificou todos os Clubes que “A primeira convenção dos Lions Clubs será realizada na cidade de Dallas, Texas, nos dias 8, 9 e 10 de outubro deste ano”.  Nesta convenção, o Dr. Woods foi eleito o primeiro Presidente Internacional da Associação Internacional de Lions Clubes.  Mais tarde, o empresário Melvin Jones assumiu a liderança da associação e, por muitos anos, passou a se promover como fundador, embora Woods tenha sido o iniciador.  A versão da fundação por Melvin Jones foi aceita e oficializada por Lions Internacional em 1958.  Woods, totalmente focado em sua prática médica, não contestou ativamente a versão de Jones, o que contribuiu para que este se firmasse como fundador aos olhos do público e da organização.  No entanto, há claras evidências e fontes que reforçam o papel de Woods como o verdadeiro fundador de Lions.

 

            Apesar da controvérsia sobre a fundação, a iniciativa pioneira de William Perry Woods com a criação de clubes de serviço focados em ética, companheirismo e serviço comunitário, serviu para a evolução de Lions Internacional que, aí sim, com uma decisiva e reconhecida atuação de Melvin Jones à sua frente, se tornou uma das maiores organizações de serviço do mundo.

 

NASCIMENTO E ORIGEM DO ROTARY:

 

            Já a história da criação e fundação de Rotary Internacional não teve maiores controvérsias.

 

            Cito abaixo um resumo da sua fundação.

 

            Paul Percy Harris nasceu em 19 de abril de 1868, em Racine, Wisconsin, nos Estados Unidos.    Foi criado por seus avós em Vermont a partir dos três anos de idade devido a problemas financeiros dos seus pais.  Os valores de tolerância, boa fé e serviço que absorveu na infância foram a base para a criação do Rotary.  Harris formou-se em direito pela Universidade de Iowa em 1891.  Depois de atuar como repórter, ator, caixeiro-viajante, entre outras profissões, estabeleceu-se em Chicago em 1896, onde abriu seu escritório de advocacia.  Casou-se com Jean Thompson Harris e o casal morou por 35 anos em Comely Bank, que hoje se tornou um ponto de encontro para rotarianos de todo mundo (minha observação: Comely Bank era o nome da casa onde o casal vivia;  o nome foi dado pela esposa de Harris, em homenagem à rua em Edimburgo, na Escócia, onde ela morava quando criança; a casa fica no bairro de Beverly, na zona sul de Chicago).  Após se estabelecer em Chicago, Harris sentiu falta da camaradagem e do espírito de comunidade que vivenciou em sua infância.  Ele queria criar uma organização que unisse profissionais de diversas áreas para confraternização e serviço.  Em 23 de fevereiro de 1905, Harris fundou o primeiro Rotary Club de Chicago, com a ajuda de três amigos:  o alfaiate Silvester Schiele, o comerciante de carvão Gustavus Loehr e o engenheiro de minas Hiram Shoney.  O nome “Rotary” foi escolhido porque os membros se reuniam em rodizio nos escritórios de cada um (minha observação: Rotary em português significa “rotativo”).  Inicialmente focado em companheirismo, o Rotary Club de Chicago se expandiu para o serviço humanitário.  Em 1907 Harris se tornou o terceiro presidente do clube e, após o mandato, dedicou-se a expandir o Rotary para outras cidades e países, transformando a iniciativa em uma organização internacional.  Sua visão altruísta de serviço humanitário e companheirismo deu origem a uma das maiores organizações de serviço do mundo.  Sua visão de “dar de si antes de pensar em si” e de promover a paz e a compreensão no mundo continua a inspirar milhões de rotarianos globalmente.

 

OBJETIVOS DE LIONS INTERNACIONAL

 

            O lema de Lions é “Nós Servimos”, e a organização atua como uma rede global de voluntários dedicada a servir comunidades e transformar vidas.  Seus principais objetivos incluem:

 

            - Criar e fomentar a compreensão:  Incentiva a aproximação e o conhecimento mútuo entre os povos do mundo.

 

            - Incentivar o bom governo e a cidadania:  Promover os princípios de bom governo e boa cidadania nas comunidades em que atuam.

 

            - Interessar-se pelo bem-estar da comunidade:  Atuar ativamente em prol do bem-estar cívico, cultural, social e moral da comunidade.

 

            - Unir clubes:  Fortalecer os laços de amizade e companheirismo entre os clubes.

 

OBJETIVOS DE ROTARY INTERNACIONAL

 

            Seu lema filosófico é:  “Dar de si antes de pensar em si”.

 

            O Rotary é uma associação de líderes profissionais e empresariais que se dedicam a prestar serviços humanitários e promover valores éticos.  A organização se baseia em princípios como companheirismo e o ideal de servir.    Seus principais objetivos são:

 

            - Fomentar o ideal de servir:  Fomentar o ideal de servir como base para qualquer empreendimento digno.

 

            - Promover companheirismo:  Desenvolver o companheirismo como uma oportunidade de servir.

 

            - Reconhecer o mérito profissional:  Valorizar a utilidade de todas as ocupações.

 

            - Promover valores éticos e paz:  Unir voluntários para prestar serviços humanitários, promover valores éticos e a paz internacional;

 

 

SIMILARIDADES E DIFERENÇAS ENTRE LIONS E ROTARY

 

            Filosofia:  Ambas são organizações de serviço que reúnem voluntários para o bem da comunidade, baseados em valores éticos e companheirismo.

 

            Âmbito:  As duas são globais e atuam em causas humanitárias, como saúde, educação cidadania, meio ambiente, entre outras causas mundiais.

 

            Foco:  Embora atuem em áreas parecidas, seus projetos podem ter enfoque.  Por exemplo, principalmente no início das atividades das organizações:  Lions foi amplamente reconhecido por seu trabalho com a visão, enquanto Rotary teve um foco histórico na erradicação da pólio.

 

            Membros:  Enquanto o Lions possui membros em todas as profissões, o Rotary historicamente concentra seus membros em profissionais e empresários.  Contudo, é de bom alvitre constatar essa distinção tem se tornado menos rigorosa nos tempos atuais.

 

COMO ESCOLHER UMA ENTIDADE PARA SERVIR

 

            Lions:  Mais indicado para quem deseja se concentrar em projetos de serviço comunitário direto, com foco particular nas causas globais definidas pela entidade.

 

            Rotary:  Ideal para quem busca uma rede de contatos profissionais e líderes, com ênfase no desenvolvimento ético e em projetos sociais de maior alcance.

Ambas entidades são excelentes opções para quem deseja contribuir com a comunidade, e a escolha dependerá dos interesses e prioridades de cada um.

 

DUPLA AFILIAÇÃO

 

            Um associado do Lions Clube pode ser também associado de um Rotary Clube?  Confesso que, até algum tempo atrás, eu tinha dúvidas a respeito desse posicionamento.  Pesquisas realizadas serviram para clarear a questão.

 

            Um associado do Lions pode igualmente ser associado do Rotary e vice-versa.   Não há regras ou restrições de nenhuma das organizações que proíbam a afiliação simultânea

 

            Em geral, os estatutos dos Lions Clubes, inclusive o atual do nosso Distrito LC-6, não proíbe que seus membros sejam também associados de um Rotary ou de qualquer outra organização de serviço.

 

            Embora já tenha existido, no passado, uma certa “rivalidade” ou regras de não associação simultânea entre os dois clubes, hoje essa proibição não existe mais.

 

            De se notar que, diante da posição internacional/constitucional, nem o Lions Internacional nem o Rotary Internacional proíbem seus membros de pertencer a outra organização.  Ambos são clubes de serviço com regras de associação independentes.  O único obstáculo que pode surgir é se essas especificidades constarem de estatutos locais de clubes ou de políticas distritais.  Mesmo assim, deve ser sempre observado que os estatutos internacionais se sobrepõem às posições regulamentadoras de órgãos subordinados.

 

            Um outro problema existente, certamente, é que ser associado de ambos os clubes pode apresentar alguns desafios de ordem prática e financeira, que depende do indivíduo e das regras específicas de cada clube.   Um exemplo é a dedicação e o comprometimento:  embora a regra não proíba, a dedicação e o tempo necessário para cumprir as obrigações de serviço e as reuniões de ambos os clubes podem ser um desafio para o associado.  A lealdade e o comprometimento do membro dependem da sua própria dedicação individual.

 

 

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

 

            Lions:  Os clubes são organizados em vários níveis (clubes, distritos, distritos múltiplos e direção internacional).  A Fundação da entidade financia projetos; os clubes têm autonomia, mas devem observar uma abordagem política centralizada para prioridade de serviços, como suas causas globais.

 

            Rotary:  Os clubes pertencem a distritos (normalmente de 20 a 50 clubes) e ao Rotary Internacional.  Este define prioridades estratégicas amplas (por exemplo, subsídios da Fundação Rotária).  Dá grande ênfase no financiamento de subsídios globais e em canais estruturais de serviços através da sua Fundação.

 

PEOGRAMAS E MODELO DE FINANCIAMENTO

 

            Lions:  Arrecadação de fundos principalmente por meio de eventos comunitários.  A Lions Clubs International Foundation (LCIF) fornece subsídios para iniciativas de assistência às suas causas globais em larga escala.

 

            Rotary:  Forte mecanismo de doação por meio da Fundação Rotária.  Os clubes arrecadam fundos para projetos locais e solicitam subsídios distritais/globais para projetos maiores.

 

COMPROMISSOS E CUSTO DE ASSOCIAÇÃO

 

            Ambas organizações cobram anuidades e podem solicitar participação adicional em campanhas de arrecadação de fundos.  A estrutura de anuidades, frequência às reuniões e as horas de voluntariado esperadas variam muito de clube para clube – alguns são formais e exigem muito tempo; outros são mais sociais e flexíveis.

 

CULTURA E AMBIENTE

 

            Lions:  Tem uma cultura voltada exclusivamente para o serviço voluntário.  Durante os eventos do clube, discussões sobre negócios, política e religião não são permitidas, embora sejam aceitáveis fora dessas reuniões.

 

            Rotary:  É geralmente percebido como mais conservador e focado no networking de negócios.  Discussões sobre avanço profissional são mais comuns em eventos da organização.  (minha observação: “networking” é a construção ativa de uma rede de contatos profissionais para trocar informações, gerar oportunidades e fortalecer relacionamentos).

 

            A colaboração entre Lions e Rotary tem aumentado em muitas comunidades ao longo dos anos, com projetos conjuntos se tornando mais comuns.   As administrações das duas organizações chegaram a emitir, tempos atrás, uma declaração conjunta para promover essa colaboração.

 

FUNDAÇÕES

 

            Ambas organizações possuem fundações próprias e sistemas de reconhecimento.  A Fundação de Lions Clubes Internacional (LCIF) é responsável pelo fornecimento de subsídios, principalmente para atender as causas globais da entidade.  Já a Fundação Rotária é reconhecida pelos seus programas de intercâmbio, bolsas de estudo e bolsas humanitárias.

 

SEMELHANÇAS

 

            Ambas são organização de serviço globalmente reconhecidas.  Ambas realizam projetos em diversas áreas, como, por exemplo, saúde, educação, meio ambiente e combate à fome.  Ambas possuem fundações filantrópicas e sistemas de reconhecimento para seus membros.  Ambas têm programas internacionais para a juventude.

 

            Estes são, em síntese, alguns registros que apurei através de pesquisas realizadas a respeito da atuação e funcionalidade existentes entre Lions e Rotary.  Outras certamente devem existir.  Deixo, por isso, outras considerações julgadas viáveis a critério dos inúmeros e grandes amigos que tenho tanto entre os estimados Leões como entre os respeitáveis Rotarianos.

 

            Um fraterno abraço a todas e a todos.

 

 

 

 

 

(*)          Associado do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)

                Ex-Governador 1997-1998 do Distrito L-17 (atual LC-6)

                Membro da AGDL-Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil

                Confrade do APLIONS-Apaixonados por Lions

                E-mail:  andriani.ada@gmail.com

A VOTAÇÃO NECESSÁRIA PARA ADMISSÃO

 

Aos

Notáveis e dulcíssimas Presidentes de Clubes 2025-2926 do Distrito LC-6

 

         (Tomo a liberdade de reapresentar aos estimados destinatários, com pequenas atualizações, uma correspondência que já tive oportunidade de enviar para Presidentes de Clubes 2024-2025 do Distrito LC-6 no dia 8 de maio de 2024).

 

 

A VOTAÇÃO NECESSÁRIA PARA ADMISSÃO

DE NOVOS ASSOCIADOS NO CLUBE

 

            Vez ou outra sou consultado por estimados e diletos Leões, mais em virtude da amizade que nos une do que por qualquer outro mérito, procurando saber minha opinião sobre a questão da votação necessária para admissão de novos associados no Clube, após, evidentemente, a análise de qualidade feita pela comissão competente.

 

            Uns alegam que o Estatuto ou Regimento Interno do seu Clube estabelece que, “se houver um voto contra a proposta de admissão é arquivada”.  Outros dizem que, “mesmo se houver um voto contra a proposta pode ser reapresentada algum tempo depois”.  Há os que argumentam que, “havendo mais de dois cotos contrários, a proposta é definitivamente descartada”.  E por ai vai!

 

            Vou procurar emitir meu modesto ponto de vista a respeito da questão.

 

            Tudo aquilo que foi acima exposto faz parte de documentos que, embora oficiais, possivelmente foram editados há muitos anos, muitas vezes quando o Clube foi organizado, e possivelmente baseados em usos e costumes da época.

 

            Hoje os tempos são outros, principalmente face à modernidade administrativa que foi tomando conta do movimento leonístico e das diretrizes estabelecidas por Lions Internacional.

            Convém observar que todo Lions Clube legalmene constituído tem direito de incluir, em seus documentos normativos, as tradições e usos e costumes locais.  Porém, seu Estatuto e seu Regimento Interno não podem colidir com as normas e regulamentações estabelecidas por Lions Internacional.

 

            Vejam a questão da votação necessária para admissão de novos associados no Clube.  A Seção 2 do Artigo III do Estatuto Padrão de Clube instituído por Lions Internacional, que trata do quadro associativo e da afiliação por convite, e atualizado recentemente, estabelece que:  “A afiliação a este Lions Clube deve ser feita apenas por convite.  A indicação deverá ser feita por um associado em pleno gozo dos seus direitos, que agirá como patrocinador, devendo depois ser encaminhada ao assessor de associados ou ao secretário do clube, o qual, após a necessária investigação pelo comitê de associados, SUBMETERÁ À DIRETORIA PARA VOTAÇÃO.  Caso APROVADA PELA MAIORIA DA DIRETORIA, o candidato poderá ser convidado para ingressar no clube.  O formulário, devidamente preenchido e assinado, com a respectiva joia de admissão, deverá ser recebido pelo secretário antes que o novo associado seja admitido e oficialmente reconhecido pela associação.”  (os grifos em maiúsculas são meus).  Lembro, por oportuno, que o Estatuto Padrão de Clube editado por Lions Internacional foi revisado e está em vigor desde o dia 20 de junho de 2024.

 

            Portanto, o Clube, mesmo que seu Estatuto ou Regimento Interno disponha contrariamente, não pode contradizer aquilo que é estabelecido por Lions Internacional em seu “Estatuto Padrão de Clube”.

 

            Assim é que, atualmente, tem-se que o candidato a associado de um Lions Clube tem condições de afiliação se for aprovado pela maioria dos votos da Diretoria.

 

            Caso o Estatuto ou Regimento Interno do Clube dispuser em contrário, haverá necessidade de uma reforma desses documentos normativos, tenha a unidade vozes contrárias ou não, já que que os mesmos não podem se sobrepor ou colidir àquilo que é determinado por documento padrão de Lions Internacional.

 

É o meu ponto de vista a respeito do importante assunto, sujeito, como sempre, à contrariedade de dirigentes leonísticos com maiores conhecimentos.

 

Um fraterno abraço a todas e a todos.

 

 

                                                      PDF MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI