Porque os Lions Clubes precisam
ficar atentos sobre a questão da
conservação dos seus associados
PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI (*)
Muito se tem
escrito, falado e comentado sobre o porquê de tantos associados se desligarem
dos seus respectivos Lions Clubes. O
tema é importante e merece ser questionado por todos aqueles que se preocupam
com a vida leonística. Peço licença aos
notáveis Leões e Domadoras para, também, “colocar minha colher de pau” para
mexer esse angu.
Se
o Clube NÃO PROPORCIONAR ao associado, principalmente quando recém-admitido, a
oportunidade de experimentar aquilo que está procurando, e se ele NÃO SE SENTIR
SATISFEITO, com certeza vai procurar outro lugar para ter a chance de exercer
seu serviço voluntário. E cada
desligamento impacta diretamente na sustentabilidade, eficácia e capacidade que
o Lions Clube tem para cumprir sua missão.
Os
membros do clube que são mais antigos em nosso movimento possuem, certamente,
conhecimento institucional e experiência valiosa sobre os processos e a causa
do leonismo. E esses membros são peças
fundamentais na ação para evitar o desligamento dos seus associados,
principalmente dos que foram admitidos mais recentemente. E por que dessa afirmação? Porque a perda frequente desses associados
resulta na ausência de conhecimento e descontinuidade de projetos, forçando a
equipe, toda vez que isso acontece, recomeçar constantemente a capacitação com
a eventual chegada de novos membros.
Um
quadro social estável e comprometido demonstra solidez e seriedade tanto para a
comunidade como para parceiros. E isso é
crucial para a credibilidade da nossa instituição e para a eventual captação de
novos recursos e parcerias.
Membros
engajados tendem a ser mais produtivos e a promover um ambiente de trabalho
mais positivo. A rotatividade de
associados pode levar à desmotivação e sobrecarga da equipe remanescente, que
precisa, sempre que isso ocorre, absorver as tarefas e treinar os
recém-chegados, o que afeta e interfere no clima organizacional.
A
missão principal do Lions Clube é gerar impacto positivo na comunidade. E um quadro associativo coeso e estável é
mais eficiente na execução das suas atividades afins (especialmente na
aplicação das causas globais de Lions Internacional), garantindo a eficiência e
eficácia das ações.
E
a conservação de associados, nesse sentido, garante a representatividade da
base social da nossa organização e a participação continua na comunidade, o que
é fundamental para os objetivos a que nos propomos.
Pesquisas
realizadas indicam que grande parte dos associados deixam o Lions nos três
primeiros anos após seu ingresso. E,
perdoem a franqueza, existem inúmeras razões para isso. Algumas são:
-
Falta de planejamento para com as atividades do Clube.
-
Reuniões longas, cansativas e não cumprimento do horário.
-
Falta de envolvimento do Clube junto à comunidade.
-
Ausência de espírito de equipe.
-
Falta de liderança, principalmente do Presidente.
-
Formação de grupinhos, igrejinhas e panelinhas dentro do Clube.
Quais
são os antídotos para sanar essas falhas eventuais? Eles existem?
E se existirem, quais são? Vou
tentar resumir cada uma das razões acima apontadas da forma mais sucinta
possível.
SOBRE
A FALTA DE PLANEJAMENTO: Peter Drucker,
em uma de suas obras, afirmou que “o
planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas sim a implicações futuras
de decisões presentes”. É a síntese
perfeita da questão!
SOBRE
REUNIÕES LONGAS E NÃO CUMPRIMENTO DO HORÁRIO:
Reuniões produtivas, objetivas, interativas e participativas são
importantes para o bom funcionamento e sucesso de qualquer Clube. Quanto ao horário, bem, seu próprio objetivo
já o define: ele foi feito para ser cumprido.
SOBRE
A FALTA DE ENVOLVIMENTO JUNTO À COMUNIDADE:
A probabilidade de um associado deixar o Clube é bem menor quando ele
tem participação ativa nas atividades comunitárias, onde pode exercer sua
liderança.
SOBRE
A FALTA DE ESPÍRITO DE EQUIPE: Quando se
trabalha em equipe todos se beneficiam:
associado, Clube, Distrito, Lions Internacional e, principalmente, a
comunidade. Com trabalho de equipe as
ações alcançam maiores horizontes e ficam mais suaves, pois a responsabilidade
pelo sucesso é de todos. Uma equipe é um
time de pessoas que têm o mesmo objetivo.
SOBRE
A FALTA DE LIDERANÇA DO PRESIDENTE: o
Presidente é o líder maior do Clube. Em uma assembléia, deve e precisa usar o
martelo e bater o sino sempre que necessário.
Não deve ser omisso, porém não pode tomar partido em assuntos
polêmicos. Não deve permitir discussão
de assuntos alheios aos objetivos e projetos do Clube. Deve delegar tarefas, sem abdicar da
responsabilidade.
SOBRE
GRUPINHOS, IGREJINHAS E PANELINHAS: Isso
deve e pode ser evitado desde que todos os associados se sintam integrados ao
grupo e envolvidos nos assuntos de interesse do Clube. Não pode existir no Clube o grupo do NÓS ou o
grupo do ELES, mas sim o grupo essencial e vigoroso do “NÓS SERVIMOS”.
Não
podemos tapar o sol com a peneira, pois a realidade dessas falhas,
infelizmente, ainda é constatada em muitos dos nossos Lions Clubes.
Para
encerrar, e em resumo ao que deu origem a esta pequena mensagem, a retenção de
associados é um pilar estratégico para a estabilidade, eficiência e sucesso de
longo prazo para todos os Lions Clube.
Um
fraterno abraço leonístico a todas e a todos.
(*) Associado do Lions Clube de Ribeirão
Preto-Jardim Paulista (LC-6)
Ex-Governador 1997-1998 do
Distrito L-17 (atual LC-6)
Membro da AGDL-Associação dos
Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil
Confrade do APLIONS-Apaixonados
por Lions
E-mail:
andriani.ada@gmail.com
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