segunda-feira, 16 de junho de 2025

Sugestões para o Presidente de Clube que está encerrando seu mandato

 

Sugestões para o Presidente de Clube

que está encerrando seu mandato

 

 

PDG ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI  (*)

 

 

            Estimado futuro Ex-Presidente de um Lions Clube,

 

Milhares de Leões, anualmente, nesta época do ano, estão se preparando para deixar o cargo após terem sido Diretor Internacional, Governador de Distrito ou Presidente de Clube.  Muitos nunca mais concorrerão a um cargo na Associação, mas cada um tem experiência que, se for usada, assegurará o vigor e a vitalidade do Leonismo.

 

            Muitas vezes, num passado não muito distante, esta experiência conseguida com árduo trabalho era desperdiçada.

 

            Nenhum novo ocupante de cargo quer que seu predecessor fique “vigiando-o” ou tentando manter seu poder e, frequentemente, a atitude parece ser de “você já teve sua vez, agora desapareça”.

 

            Lions Internacional está cada vez mais consciente de que não pode desperdiçar ou deixar de lado suas lideranças do passado.  Há muitos anos ela vem transmitindo esta mensagem aos líderes entrantes e até mesmo sugestões específicas para usar o conhecimento e a experiência daquelas lideranças.

 

            Por outro lado, os dirigentes que estão assumindo às vezes reclamam que esses esforços dão resultados opostos.  Que, ao invés de dar uma mão, o ex-dirigente se impõe.  Embora as leis da natureza humana (e o ego humano) não possam ser repelidas, a Associação acredita que existe um meio termo entre a necessidade de ajuda ao líder em exercício e o apoio que os líderes do passado podem dar.

 

            Como ex-Presidente de Clube, você acumulou muito de experiência e liderança.  Além de ter desempenhado o cargo de Presidente, você foi Vice-Presidente em anos anteriores, e provavelmente tenha desempenhado outros cargos na Diretoria do seu Clube. 

 

            O que você vai fazer agora?  Concorrer a um cargo mais elevado é certamente uma possibilidade!  As pessoas que procuram uma posição de liderança a um nível mais alto são sempre bem recebidas nas organizações voluntárias, e você não deve hesitar em explorar essa possibilidade.  Você certamente está satisfeito por ter servido no mais elevado cargo do Clube.

 

            Lions Internacional espera que você não fique satisfeito com suas realizações, mas que continue envolvido no crescimento e no sucesso do seu Clube.  Cada vez mais, nos anos recentes, líderes em exercício têm sido encorajados a não desperdiçar a experiência e o talento dos seus predecessores.  Repetimos que frequentemente, no passado, a atitude parece ter sido:  “Você já teve a sua vez, agora desapareça”.  Francamente, esta atitude muitas vezes era consequência da vacilação do  ex-Presidente de Clube de “abrir mão do poder”.  De fato, em alguns lugares do mundo (não aqui no Brasil, é claro) tem ex-Presidente que parece considerar o Presidente em exercício mais como um fantoche do que como um novo líder.

 

            É muito importante para o ex-Presidente compreender que o Presidente que assume foi eleito pelos Leões para conduzir o Clube.  Seu papel é oferecer-lhe sua experiência como um instrumento que ele possa utilizar para implementar, com sucesso, o programa do Clube para o ano leonístico.  Se você for solicitado para exercer um cargo, deve considerar um dever e um privilégio, e é com este espírito que os conselhos e sugestões abaixo são oferecidos por Lions Internacional - conselhos e sugestões que assegurarão que sua experiência arduamente obtida não seja desperdiçada ou ignorada:

 

- Preste atenção nos materiais recebidos e mantenha-se em contato com a Diretoria do Clube.  Leia e absorva as comunicações recebidas do Clube, inclusive noticiários de outras publicações.  Além disso, procure ter tempo para ler outras publicações recebidas do Distrito, do Distrito Múltiplo, bem como da revista “The Lion”.  Isto assegurará que seu conhecimento dos assuntos do Clube e da Associação manter-se-á atualizado.

 

- Assista fielmente as reuniões e funções do Clube.  A sua frequência assídua às reuniões e atividades do Clube dará um bom exemplo aos demais associados (especialmente os novos) e demonstrará sua contínua dedicação.  Você deve também procurar assistir as Reuniões e Convenções Distritais.

 

- Se for solicitado, participe da orientação de novos associados e do treinamento dos dirigentes do Clube.  Esta é uma função muito importante e para a qual você é altamente qualificado.  Se o seu Clube não possuir um programa nestas áreas, você e os demais ex-Presidentes poderiam oferecer seus serviços para criar um.

 

- Conforme determinado, dissemine ativamente informações sobre o Clube a outros grupos e ao público em geral.  Presumindo que você tenha se mantido atualizado sobre as atividades do Clube, você pode ser um excelente porta-voz do Leonismo a outros grupos, ao público geral e à imprensa.  Comunique ao seu Presidente o seu desejo de ajudar a Comissão de Relações Públicas do Clube.

 

- Aceite tarefas com boa vontade.  Talvez o mais importante de tudo é você demonstrar boa vontade em aceitar tarefas do novo Presidente do Clube.  Tudo aquilo que ajudar o Clube ou a sua comunidade deve merecer a sua cooperação.  Tenha em mente que você é, antes de tudo, um Leão, e, depois, um ex-Presidente de Clube.

 

Aceite esta mensagem como uma sincera colaboração, pois SERVINDO COM PARTICIPAÇÃO é que nós demonstramos o amor que nutrimos pelo nosso movimento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(*)          Associado do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)

                Ex-Governador 1997-1998 do Distrito L-17 (atual LC-6)

                Membro da AGDL=Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil

                Confrade do APLIONS-Apaixonados por Lions

                E-mail:  andriani.ada@gmail.com

sexta-feira, 13 de junho de 2025

OS OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO LEONÍSTICA

 

OS OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO LEONÍSTICA

 

PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI  (*)

 

Em uma reunião de Lions, especialmente nas assembleias ordinárias, a instrução leonística reveste-se de fundamental importância por ter a finalidade de transmitir conhecimentos e orientar sobre nosso movimento.  É a busca do saber acerca da filosofia e das normas do movimento de Lions Internacional.

 

            Ela é a forma mais objetiva e eficiente que se encontrou para transmitir a doutrina que foi alavancada por Melvin Jones e para fazer com que a mesma se aprofunde no âmago do nosso envolvente movimento.

 

            A instrução leonística tem por objetivo fazer com que os associados de um Clube sejam instados à prática do serviço desinteressado, à defesa dos interesses comunitários, ao incentivo aos princípios do bom governo, da boa cidadania, à união dos Clubes pelos laços da amizade, do bom companheirismo e compreensão recíproca, bem como ao fomento de um espírito de compreensão entre os povos da terra, conforme preceituado pelos Propósitos de Lions Internacional.

 

            Pelos benefícios advindos para a prática do leonismo, ela deve ser adotada nas assembleias de forma paulatina, pois é sabido que a apreensão do conhecimento não ocorre de relance, da noite para o dia.

 

            Segundo Paulo Freire, “Aprender não é um ato findo.  É um exercício constante de renovação.”  Para Abigail Adans, trata-se de um processo quando afirma que “O aprendizado não é conquistado acidentalmente.  Ele deve ser perseguido com ardor e tratado com diligência”, corroborando com outro autor que declarou que “aprender é um processo que se inicia quando se nasce e só termina quando se morre”.

 

            O PDG 1974-1975 Arnaldo Setti, do Distrito LB-3, de saudosa memória, externou muito claramente o seu pensamento sobre o que vem a ser a instrução leonística quando, no prólogo da coletânea elaborada pelo CL Walteno Marques da Silva, em abril de 2002, sob o título “Instrução Leonística, Conhecendo e Melhorando” escreveu:  “Na expressão instrução concentra-se o cerne do objetivo que se procura alcançar.  Instrução é educação cultural.  Pode a pessoa palmilhar pelos incontáveis caminhos e em todos, procurando seu alicerce, irá encontrar a instrução.  Sejam quais forem as áreas do conhecimento humano, este só será adquirido por intermédio da instrução.  Quanto mais a pessoa se instruir mais vai ampliar seu conhecimento, mais vai avançar em sua educação cultural.  O conhecimento é o domínio teórico ou prático de um assunto, seja ele qual for, inclusive, obviamente, o conhecimento leonístico.”

 

            Diante da sua importância, a instrução leonística não pode ser tratada de qualquer maneira, sem preparação cuidadosa, a começar pela escolha do tema a ser abordado, que deve ser importante, oportuno e adequado para a plateia ouvinte, cuja finalidade pode ser de natureza informática ou motivacional.  Precisa, por isso, tratar de tema relevante, mediante escolha e ministrada conforme planejamento elaborado pelo Clube no início da gestão, para ser desenvolvido durante o ano leonístico.

 

            Outro ponto benéfico da instrução leonística é que ela é útil não só para os ouvintes, mas, também, para a pessoa que prepara a escrita e fará a sua apresentação.  Cora Coralina ao refletir sobre a correlação entre o saber e a sua transferência deixou testemunhado que:  “Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

 

            Para cumprir realmente sua finalidade, a instrução leonística não deve ser proferida em forma de discurso, mas sim através de explanação sucinta e voltada para todos, de maneira concisa, sem divagação, fantasia ou devaneio.  Deve ser bem apresentada, de forma audível, de modo a despertar a atenção e o interesse da plateia ouvinte.

 

            Por consideração e respeito ao apresentador, e para facilitar o cumprimento da sua missão, deve-se ouvir a instrução leonística com a mesma atenção com que se desejará que façam os ouvintes quando for apresentar a sua.  É a maneira mais apropriada e cortês de se proceder, pois, sendo assim, o apresentador, por um lado, terá mais entusiasmo para transmitir os seus conhecimentos e a plateia, por outro, absorverá melhor o conteúdo apresentado.

 

            O tema desta mensagem é de importância fundamental para aperfeiçoamento do leonismo!  Vamos pensar sobre isso?

 

 

 

 

 

(*)          Associado do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)

                Ex-Governador 1997-1998 do Distrito L-17 (atual LC-6)

                Membro da AGDL-Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil

                Confrade do APLIONS-Apaixonados por Lions

                E-mail:  andriani.ada@gmail.com

               

                                 

O transtorno do espectro autista (TEA)

 Ribeirão Preto, 00 de junho de 2025

Aos

Leão ANTONIO CARLOS BITTAR

Ex-Presidente 2013-2014 do Distrito Múltiplo LC

Leão JOSÉ GOMES DUBA DAS CHAGAS

Ex-Presidente 2021-2022 do Distrito Múltiplo LC

Ilustres Companheiros Leões,

Venho à presença dos diletos dirigentes leonísticos, Ex-Presidentes do

Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LC, e membros daquele

Colegiado, pois, com certeza, vocês são as pessoas indicadas para conduzir as

tratativas que vou listar no arrazoado que exponho a seguir.

A Diretoria de Lions Internacional, nos últimos anos, vem procurando

situar o movimento leonístico dentro da modernidade, colocando-o ao

alcance da globalização.

Tempos atrás, sentindo a vontade dos Leões em se multiplicarem além

das fronteiras, oceanos e continentes, e sentindo a vontade de

verdadeiramente mudar nosso mundo, Lions Internacional reuniu nosso

serviço em torno de 5 áreas de necessidade. Foi assim que surgiram nossas

CAUSAS GLOBAIS voltadas para câncer infantil, diabetes, fome, visão e meio

ambiente. Essas causas globais apresentavam e apresentam desafios

significativos para a humanidade, creditando ao nosso movimento uma forma

de enfrenta-los.

Durante o ano leonístico de 2023, apesar de já estar causando impacto

em todo mundo com aquelas cinco áreas de necessidade, Lions Internacional


decidiu oficializar outras 3 causas globais às 5 até então existentes, que são

juventude, serviços humanitários e socorro às vítimas de catástrofes.

Dessa forma, passaram a ser oito as CAUSAS GLOBAIS que o leonismo

oferece para atendimento às necessidades comunitárias em todo mundo,

visando enfrentar a globalização que está à nossa frente.

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do

neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico,

manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação

social, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados, podendo

apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Os sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser

percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido

por volta dos 2 a 3 anos de idade, e a prevalência maior é registrada no sexo

masculino.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno

de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio

educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados

a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Segundo o “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –

DMS-5” (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro

do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou integração

social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade

socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como

movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a

estímulos sensoriais. Segundo especialistas, todos os pacientes com autismo

partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em

intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar

de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em

crianças e até bebês, os transtornos são conceitos permanentes que

acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

O tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado

em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança,

independentemente de confirmação diagnóstica.


As causas do TEA, pelo que se publica, não são totalmente conhecidas,

e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da

predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem

ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais

para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias

explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais

que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias

tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam

o mesmo peso na possibilidade de aparecimento do distúrbio.

A etiologia do espectro autista, pelo que se divulga, ainda permanece

desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única,

mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre

esses fatores parece estar relacionada ao TEA, porém é importante ressaltar

que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.

Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em

pessoas geneticamente predispostas. Embora nenhum desses fatores pareça

ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a exposição a

agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias

(como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade

gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer, gestações

múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são

considerados fatores contribuintes para desenvolvimento do TEA.

Evidências indicam influência de alterações genéticas com forte

herdabilidade, mas trata-se de um distúrbio geneticamente heterogêneo que

produz heterogeneidade fenotípica (características físicas e comportamentais

diferentes, tanto em manifestação como em gravidade). Apesar de alguns

genes e algumas alterações estarem sendo estudadas, os especialistas da

área ressaltam que não há nenhum biomarcador específico para TEA.

O diagnóstico de TEA é essencialmente clínico, feito a partir das

observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos

específicos. Instrumentos de vigilância do desenvolvimento infantil são

sensíveis para detecção de alterações sugestivas de TEA, devendo ser

devidamente aplicados durante as consultas de puericultura na “Atenção

Primária da Saúde”. O relato/queixa da família acerca de alterações no

desenvolvimento ou comportamento da criança tem correlação positiva com

confirmação diagnóstica posterior, por isso, valoriza o relato/queixa da

família e é fundamental durante o atendimento da criança.


Manifestações agudas podem ocorrer e, frequentemente, o que se

consegue é observar são sintomas de agitação e/ou agressividade, podendo

haver auto ou heteroagressividade. Estas manifestações ocorrem por

diversos motivos, como dificuldade em comunicar algo que gostaria, alguma

cor, algum incômodo sensorial, entre outros. Nestes momentos é

fundamental tentar compreender o motivo dos comportamentos que os

profissionais observam, para então propor estratégias que possam ser

efetivas. Dentre os procedimentos possíveis os profissionais especialistas

indicam: estratégias comportamentais de modificação do comportamento,

uso de comunicação suplementar e/ou alternativa como apoio para

compreensão/expressão, estratégias sensoriais, e também procedimentos

mais invasivos, como contenção física e mecânica, medicações e, em algumas

situações, intervenções em unidades de urgência/emergência.

O TEA é resultado de alterações físicas e funcionais do cérebro e está

relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental.

O TEA afeta o comportamento da criança, e que, os primeiros sinais

podem ser notados em bebês nos primeiros meses de vida. No geral, uma

criança com transtorno de espectro autista pode apresentar os seguintes

sinais: 1) Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato

visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos,

expressar as próprias emoções e fazer amigos; 2) Dificuldade na

comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade

para iniciar e manter diálogo; 3) Alterações comportamentais, como manias,

apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas

específicas e dificuldade de imaginação.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5

rotula estes distúrbios como um espectro justamente por se manifestarem

em diferentes níveis de intensidade. Uma pessoa diagnosticada como de

grau 1 de suporte apresenta prejuízos leves, que podem não a impedir de

estudar, trabalhar e se relacional. Um indivíduo com grau 2 de suporte tem

um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para

desempenhar funções cotidianas, como tomar banho ou preparar sua

refeição. Já o autista com grau 3 de suporte vai manifestar dificuldades

graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.


Por outro lado, o diagnóstico de TEA pode ser acompanhado de

habilidades impressionantes, como facilidade para aprender visualmente,

muita atenção aos detalhes e à exatidão, capacidade de memória acima da

média e grande concentração em uma área de interesse específica durante

um longo período de tempo.

Assim, cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu

conjunto de sintomas variados e características bastantes particulares, e tudo

isso vai influenciar como cada pessoa se relaciona, se expressa e se comporta.

Embora ainda não tenha cura, o TEA pode ser tratado de inúmeras

formas. Com apoio de uma equipe multidisciplinar (diferentes profissionais),

a criança pode desenvolver formas de se comunicar socialmente e de ter

maior estabilidade emocional.

Nenhuma criança com TEA pode ser discriminada em função de suas

dificuldades ou impedida de frequentar qualquer lugar público. NENHUMA

CRIANÇA PODE SER EXCLUÍDA DA ESCOLA!

Existem diversos sinais de alerta para se detectar o autismo. A

orientação dos profissionais de saúde é para que os pais, professores e/ou

responsáveis procurem auxílio médico quando observarem alguns dos

seguintes sinais: 1) Pouco contato visual (a criança não olha quando é

chamada pelo nome ou não sustenta o olhar); 2) Não interagir com outras

pessoas (por exemplo: não interage com outras pessoas por meio de

sorrisos); 3) Bebês que não fazem jogo de imitação (os bebês começam a

imitar comportamentos e atitudes por volta dos seis a oito meses de vida;

portanto, deve-se ficar atento quanto à ausência desse comportamento); 4)

Não atender quando chamado pelo nome (a criança pode parecer desatenta,

pois não atende quando é chamada pelo nome); 5) Dificuldade em atenção

compartilhada (não demonstra interesse em brincadeiras coletivas e parece

não entender a brincadeira); 6) Atraso na fala (criança acima de dois anos

que não fala palavras ou frases); 7) Não usar a comunicação não-verbal (não

usa as mãos para indicar algo que quer; 8) Comportamentos sensoriais

incomuns (se incomoda com barulhos altos, por vezes colocando as mãos nos

ouvidos diante de tais estímulos, não gosta de toque de outras pessoas,

irritando-se com abraços e carinhos; 9) Não brinca de faz de conta (não cria

suas próprias histórias e não participa das brincadeiras dos colegas; também

não usa de brinquedos para simbolizar personagens; suas brincadeiras

costumam ser solitárias e com parte de brinquedos, como a roda de um


carrinho ou algum botão); 10) Movimentos estereotipados (apresenta

movimentos incomuns, como chacoalhar as mãos, balançar-se para a frente e

para trás, correr de um lado para outro, pular ou gritar sem motivos

aparentes. Os movimentos podem se intensificar em momentos de

felicidade, tristeza ou ansiedade).

Não existem pesquisas efetivas sobre a prevalência do autismo em

todos os países do universo, não havendo, portanto, possibilidade de se

avaliar com certeza qual o número de pessoas portadoras do transtorno do

espectro autista em todo mundo. O que existe são divulgações esparsas do

que a mídia nos dá notícia. Nos Estados Unidos, por exemplo, que é um país

considerado essencialmente estatístico, não existem dados oficiais. Mesmo

lá, onde dizem que a pesquisa sobre autismo é atualizada a cada dois anos,

não existem dados oficiais. Ainda recentemente foi divulgada naquele país

uma pesquisa que considerou apenas crianças com exatos 8 anos de idade,

quando foi encontrado um número de 1 em cada 36 crianças naquela faixa

etária, o que significa 2,8% da referida população. No Brasil e nos demais

países do mundo não existem dados ou estatísticas a respeito. Aqui em

nosso país, pelo que se divulga esporadicamente, é que a população de

crianças autistas tem aumentado significativamente nos últimos anos,

principalmente na rede escolar primária.

O autor desta mensagem é absolutamente leigo na matéria e, por isso,

para organizar este texto com as considerações acima necessitou contar com:

observações técnicas formalizadas por profissionais envolvidos com o

assunto; análise de entrevistas concedidas por responsáveis especializados;

e leitura e considerações exaradas por técnicos envolvidos com o espectro

autista.

A síndrome do transtorno do espectro autista, principalmente em

crianças, tem aumentado em uma velocidade espantosa em todo mundo.

Levando em conta que Lions Internacional, principalmente através de

projetos que estão sendo desenvolvidos e aprovados pela LCIF-Fundação

Internacional de Lions Clubes, tem demonstrado acentuado interesse por esta

causa que vem assolando a população mundial de forma avassaladora, tomei

a iniciativa de preparar e apresentar à apreciação do Lions Clube ao qual

pertenço, e com base nas considerações acima, um projeto de recomendação

(moção) encimado pela seguinte ementa: “RECOMENDA QUE A DIRETORIA

INTERNACIONAL INCLUA O TRANSTORNO DO ESPÉCTRO AUTISTA COMO UMA


DAS CAUSAS GLOBAIS DA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE LIONS CLUBES”.

A proposta foi aprovada pela assembléia do meu Clube, tendo sua Diretoria,

em consequência, a encaminhado para apreciação e aprovação da XXV

Convenção Distrital do LC-6, realizada em abril de 2024. A comissão técnica

do referido evento deu parecer favorável à proposta e a encaminhou para

apreciação dos Delegados credenciados pelos Clubes, que a aprovaram por

unanimidade.

Depois disso, embora nada tenha sido comunicado oficialmente (como

sempre!), tive algumas informações extra-oficiais:

1) O Governador 2023-2024 do Distrito LC-6, o então DG Ronald

Eduardo Tristão, informou, também em “off”, que sua Governadoria

encaminhou meu projeto para a Diretoria 2023-2024 do DMLC,

conforme determina o artigo 32 do Estatuto do Distrito LC-6.

2) Não existe notícia oficial, salvo melhor juízo, se o DMLC recebeu a

proposta, mas o DG Ronald garantiu que isso ocorreu.

3) Também não houve notícia se o DMLC aprovou a proposta durante

sua XXV Convenção do Múltiplo, realizada em maio de 2024, embora

o DG Ronald, também no particular, tenha informado que isso de

fato ocorreu.

4) Tampouco houve qualquer informação se o DMLC encaminhou a

proposta para Lions Internacional. Se enviou, quando e através de

qual meio?

5) E Lions Internacional? Recebeu a proposta? Fez alguma

confirmação? O DMLC fez algum controle do encaminhamento ou

cobrou algum retorno de Lions Internacional.


É impressionante como os órgãos superiores do leonismo, em sua

grande maioria, se abstém de dar retorno aos interessados das propostas que

lhe são enviadas. Isso é uma terrível falha que existe em nosso movimento!

Os assuntos são enviados ou solicitados, ficam por lá mesmo e muitas vezes

caem no esquecimento. E isso é uma desconsideração inaceitável. Ninguém

dá retorno! Ninguém cobra nada! E o barco vai por aí...


Este é um apelo que faço aos dois ilustres Ex-Presidentes do Conselho

de Governadores do Distrito Múltiplo LC, Bittar e Duba: que levem o assunto

aqui tratado para a próxima reunião do Colegiado do DMLC e cobrem os

responsáveis.

Caso a diretoria do ano anterior do DMLC não tenha informações

concretas para prestar, que o assunto seja assumido pela diretoria atual.

Pretendo, com este posicionamento, tão somente que o importante

projeto não morra ou caia no esquecimento.

Conto com a gentileza e atenção de vocês para o assunto e, a fim de

não perder a oportunidade para aquilo que estou reclamando, aguardo

retorno.

Esclareço que estou encaminhando o texto desta mensagem para

conhecimento de eventuais interessados

Um grande e fraterno abraço.


PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI

quinta-feira, 29 de maio de 2025

A VITÓRIA DA SUPERAÇÃO E DA DETERMINAÇÃO : MJF Cléver Machado LC João Monlevade - SOBRAL - DLC12

 Boa noite CCLL, CCaLL, DDMM e CCLEO!


Hoje, meu coração transborda gratidão.


Ontem, 28 DE MAIO DE 2.025 ao bater o sino, celebrei uma vitória muito especial: o fim das minhas sessões de quimioterapia.


Essa conquista não é apenas minha; é uma vitória que carrega a força de todas as orações, carinho e apoio que recebi, especialmente de vocês.


A presença de voces , mesmo à distância, fez uma diferença enorme na minha jornada. Saber que tinha alguém como vocês torcendo por mim me deu coragem nos dias mais difíceis. 


Obrigado por serem meu apoio incondicional e por compartilharem essa luta comigo.


Agradeço de coração por cada palavra de incentivo e por cada momento dedicado a me encorajar e todas as orações.


Estou animado para a próxima etapa da minha vida e sou grato por estarem ao meu lado.


Gratidão!


Com todo o meu carinho,


MJF Cléver Machado

LC João  Monlevade - SOBRAL - DLC12






segunda-feira, 26 de maio de 2025

01 À 05 de junho : SEMANA DO MEIO AMBIENTE

 Queridos Presidentes de Clube e  seus Assessores Meio Ambiente, peço sua atenção



Do dia 1º ao dia 05 de junho, é comemorada a “Semana Nacional do Meio Ambiente”, semana também da comemoração do “Dia Mundial do Meio Ambiente”, que é 05 de junho. 

A semana do meio ambiente foi instituída em todo território nacional pelo Decreto nº 86.028, de 27 de maio de 1981. Já, o “Dia Mundial do Meio Ambiente” foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, durante a “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano”, realizada em Estocolmo, na Suécia e tem como objetivo chamar a atenção das pessoas, em todo o mundo, para as questões e problemas ambientais, para as ações do homem que podem impactar negativamente na biodiversidade, para a importância da preservação dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável.


Segue algumas sugestões das inúmeras atividades que nós Leões podemos executar durante este período junto às Escolas, Instituições atendidas, Empresas, Parceiros e Comunidades:


* Desenvolver atividades em Escolas sobre Conscientização acerca do Meio Ambiente

* Realizar mutirões de limpeza em praças, parques, praias

* Promover o consumo consciente

* Participar de eventos ambientais

* Promover a coleta seletiva

* Denunciar crimes ambientais

* Criar ou revitalizar hortas em Escolas ou Instituições 

* Plantar árvores

* Reduzir o consumo de plástico

* Compartilhar informações sobre a preservação ambiental


CaL Paulinha

Assessoria Meio Ambiente DLC5

DG Murilo e CaL Ivete

O LEÃO NÃO É VOLUNTÁRIO!

 O LEÃO NÃO É VOLUNTÁRIO!

PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI (*)

É muito comum ouvirmos, no âmbito da nossa família leonística, que

cada Leão é um “voluntário”.

Tenho procurado, ao longo dos anos, nos artigos e mensagens que

modestamente edito, dar um sentido exato às palavras dentro daquilo que

elas representam e são originárias. Já fiz isso, por exemplo, com as

expressões “obelisco”, “panóplia”, “casal Governador”, entre outros.

Me atenho, agora, ao termo “voluntário”, tão usual no leonismo.

Buscando a origem da palavra, do latim “voluntariu”, verifico que ela se

refere a “algo que é feito por livre e espontânea vontade, sem

constrangimento.”

Ser voluntário é o indivíduo fazer aquilo que não é forçado,

espontâneo, que só depende de vontade.

Segundo definição das Nações Unidas, “voluntário” e o jovem ou adulto

que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do

seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade,

organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos...

Qual o significado de “voluntário”? Existem três características: 1) que

é feito espontaneamente, por vontade própria, sem obrigação ou controle;

2) que se pode decidir em fazer ou não; 3) que age somente conforme sua

vontade.

Como se define um ato voluntário: é uma ação que é intencional

(planejada e desejada), consciente (o indivíduo está ciente do que está a

fazer), realizada com vontade própria e não por reflexo ou força interna. É

algo que se escolhe fazer, por vontade própria (a ação não é imposta ou

forçada, mas sim escolhida.

Assistencialista é o tipo mais comum de voluntário, significando que

costuma auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade.


Outras palavras que substituem o termo voluntário podem ser:

altruísta, filantropo ou humanitário.

Aqui no Brasil, o dia 28 de agosto é celebrado como “Dia do

Voluntariado”.

Mas, vamos ao que deu origem a esta despretensiosa mensagem:

“Reconhecendo a importância de prestar meus serviços à

comunidade, em colaboração com outras pessoas interessadas no bem

estar público, e agradecendo a oportunidade, que se me apresenta, de

gozar do bom companheirismo e o prestígio do leonismo, PROMETO

cumprir rigorosamente o Código de Ética, os Estatutos e SEGUIR as

ideias que fluem das letras da palavra Lions: Liberdade, Igualdade,

Ordem, Nacionalismo e Serviço.”

O compromisso acima, normalmente, é declarado pelo Companheiro-

Leão ou pela Companheira-Leão durante a solenidade de posse realizada

quando do seu ingresso no movimento leonístico.

Embora possa existir alguma semelhança e sintonia entre o que faz um

voluntário e as atividades assumidas pelo Leão, existe uma diferença

fundamental entre ambas.

A atividade do voluntário é livre, espontânea e só depende de vontade

própria. Já o Leão, ao fazer o juramento de posse, PROMETE cumprir

rigorosamente nossos diplomas legais e SEGUIR as ideias que norteiam o

movimento leonístico.

Com isso, na sua posse, o Leão ASSUME COMPROMISSOS e,

taxativamente, assumindo compromissos NÃO PODE SER CONSIDERADO

VOLUNTÁRIO.

É o meu ponto de vista!


PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI (*)

(*) Associado do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)

Ex-Governador 1997-1998 do Distrito L-17 (atual LC-6)

Membro da AGDL-Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil

Confrade do APLIONS-Apaixonados por Lions

E-mail: andriani.ada@gmail.com

terça-feira, 20 de maio de 2025

UMA EXPRESSÃO QUE NÃO EXISTE...

UMA EXPRESSÃO QUE NÃO EXISTE...

 

 

PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI (*)

 

            Ingressei no leonísmo em julho de 1978.  Lá se vão quase 47 anos de estrada, muitos dos quais passei tentando modestamente escrever e editar algumas mensagens a respeito do nosso salutar e respeitável movimento.

 

         Nessa prática de escriba insistente cometi e ainda cometo alguns erros e equívocos, muitos dos quais são de imediato apontados e corrigidos por notáveis e renomados dirigentes leonísticos, cujas amizades muito prezo e tenho em alta consideração.

 

         Hoje, aqui e agora, em mais uma íntima autocrítica, estou reportando um desses enganos que cometi através dos tempos.

 

         Já escrevi, especialmente em algumas mensagens que versam sobre protocolo leonístico, que “O CLUBE ESTÁ RECEBENDO A VISITA OFICIAL DO CASAL GOVERNADOR DO DISTRITO”.

 

 Está errado!

 

         Lions Internacional não reconhece, e nunca reconheceu, a expressão “CASAL GOVERNADOR”.  Lions Interacionai, em cada Convenção do respectivo ano leonístico, dá posse ao Governador e, com o devido respeito, não à sua esposa, quando houver!

 

         Com o passar dos anos, e por absoluto usos e costumes, a expressão foi ganhando corpo e se incorporou na literatura leonísica.  Assim como eu já fiz, muitos ainda insistem em fazer alusão ao “Casal Governador”. 

 

Não é correto e há necessidade de se corrigir!

 

         Numa visita ao Clube, a honraria deve ser dada ao Governador do ano leonístico.  Sua esposa é a esposa do Governador.  Numa deferência especial, e como justíssima e honesta cortesia, poderá ser dito que “O CLUBE TEM A HONRA DE RECEBER A VISITA OFICIAL DO GOVERNADOR DO DISTRITO, QUE ESTÁ ACOMPANHADO DA SUA DULCÍSSIMA ESPOSA E COMPANHEIRA-LEÃO”.

 

         É isso!  Protocolo é protocolo e precisa ser cumprido e observado!

 

 Fica aqui minha retratação com o pedido de escusas pelo que já escrevi anteriormente. 

 

QUEM VISITA O CLUBE, OFICIALMENTE, É O GOVERNADOR DO DISTRITO DO RESPECTIVO ANO LEONÍSTICO, E NÃO O “CASAL GOVERNADOR”.


 

 

(*)          Associado do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)

                Ex-Governador 1997-1998 do Distrito L-17 (atual LC-6)

                Membro da AGDL-Associação dos Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil

                Confrade do APLIONS-Apaixonados por Lions

                E-mail:  andriani.ada@gmail.com