A importância do nosso Código de
Ética
PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI (*)
É
muito comum entre nós as referências ao CÓDIGO DE ÉTICA DO LEÃO. Documento extraordinário, é uma norma de vida
sugerida à família leonística.
Podemos dizer que
nosso Código é imutável, pois foi aprovado durante a 2.ª Convenção
Internacional de Saint Louis, Missouri, Estado Unidos, em agosto de 1918, e não
sofreu qualquer alteração até hoje. Seu
texto maravilhoso, que transcrevo abaixo, nos exorta a
“Demonstrar FÉ NOS MÉRITOS DA MINHA PROFISSÃO, esforçando-me
para conseguir honrosa reputação, mercê da EXCELÊNCIA DOS MEUS SERVIÇOS.
Lutar pelo êxito e pleitear toda remuneração ou lucro que
equitativa e justamente mereça, recusando, porém, aqueles que possam acarretar
diminuição da minha dignidade, devido à VANTAGEM INJUSTA OU AÇÃO DUVIDOSA.
Lembrar que, para ser bem-sucedido nos negócios ou
empreendimentos, não é necessário destruir os outros. Ser leal com os clientes e SINCERO CONSIGO
MESMO.
DECIDIR CONTRA MIM NO CASO DE DÚVIDA quanto ao direito ou à
ética dos meus atos perante meu próximo.
Praticar a AMIZADE COMO UM FIM E NÃO COMO UM MEIO. Sustentar que a VERDADEIRA AMIZADE NÃO É O
RESULTADO DE FAVORES MUTUAMENTE PRESTADOS, dado que não requer retribuição,
pois recebe benefícios com o mesmo espírito desinteressado com que os dá.
Ter sempre presente MEUS DEVERES DE CIDADÃO para com minha
localidade, meu Estado e meu País, sendo-lhes constantemente leal em
pensamento, palavras e obras, dedicando-lhes, desinteressadamente, MEU TEMPO,
MEU TRABAHO E MEUS RECURSOS.
AJUDAR O PRÓXIMO, consolando o aflito, fortalecendo o débil e
socorrendo o necessitado.
Ser comedido na crítica e generoso
no elogio; construir e não destruir.”
Quantos
de nós, porém, já se deu ao trabalho de analisar e ponderar sobre esta
verdadeira carta de intenções da filosofia leonística?
O
homem é um ser que pensa, que age, que decide, que tem mil e uma habilidades,
mas, para o leonismo, o homem é, antes e acima de tudo, um ser que se
relaciona.
E
o nosso Código de Ética, concebido a partir deste conceito, encerra normas de
conduta que norteiam as relações do Leão com as dimensões do EU, do TRABALHO,
do OUTRO e da PÁTRIA.
E
quais são nossas relações com o EU?
SER SINCERO CONSIGO MESMO é um imperativo. Aliás, quem se engana não se conhece e,
portanto, não dispõe dos elementos fundamentais, necessários à decolagem em
busca do sucesso e da perfeição. Da
sinceridade depende a harmonia entre o discurso e a prática, depende da coerência,
fator preponderante do equilíbrio emocional.
A falta de coerência, tão comum entre as pessoas, é terrivelmente
decepcionante para quem resolve ser SINCERO
CONSIGO MESMO.
O que norteia a relação do Leão com o
TRABALHO?
O
trabalho deixou de ser jugo e é libertador quando assumido como a nossa missão
no serviço à comunidade. O tipo de
trabalho depende do momento ou da profissão, mas a sua qualidade depende das
convicções e competências. Quem tem FÉ NOS MÉRITOS DA PROFISSÃO não
transgride com a mediocridade e a EXCELÊNCIA
DOS SERVIÇOS é questão de honra. As
convicções impedem que a competência esteja a serviço do lucro e AFASTAM HIPÓTESES DE AÇÕES DUVIDOSAS OU
VANTAGENS INJUSTAS.
Quais
nossas relações com o OUTRO?
Quatro
elementos fundamentam a relação com o outro:
a lealdade, a amizade, o elogio e a ajuda. A lealdade supõe a verdade e a honestidade,
condições para o entendimento. O
compromisso com a lealdade é de tal natureza que, em CASO DE DÚVIDA, o Leão deve DECIDIR
CONTRA SI MESMO. Num momento em que
o interesse regula as relações, DECIDIR
CONTRA SI MESMO parece um contra-senso e, num mundo pontilhado pela
infidelidade, a lealdade beira a insensatez.
Se é assim, bem-aventurados são aqueles que não temem o sinal da
contradição. Além do entendimento,
situa-se a amizade. Para o Leão, A AMIZADE É UM FIM E NÃO UM MEIO. Não podemos usar o outro ou a sua
amizade. Contentamo-nos em SER AMIGO.
Isto basta e é extremamente gratificante. Gratifica-se a atitude de ser amigo, NÃO NASCENDO A AMIZADE DA TROCA DE FAVORES,
mas de laços fortes, estabelecidos a nível de sentimentos, princípios e
objetivos. O elogio nasce do
reconhecimento e é profundamente estimulante.
Quem não precisa de estímulos? A
crítica indispõe, o elogio atrai e comove.
A resposta à crítica pode ser a radicalização; o elogio gera
agradecimento e conduz a mudanças. A AJUDA AO PRÓXIMO é dever não
caridade. Não se entenda ajuda como
simples tentativa de mitigar a carência.
AJUDAR O PRÓXIMO é um mandato,
um compromisso decorrente da função social e dos dons que recebemos. Nem todos têm o mesmo potencial, as mesmas
habilidades e isto não sugere injustiças.
A diversidade seria injusta se os dons fossem do indivíduo e não da
comunidade. A ajuda supre e complementa,
estendendo a todos os benefícios dos mesmos dons. Injusto é o sistema que faz prevalecer os
interesses de uns sobre os direitos dos outros.
Por
fim, qual o nosso relacionamento com a PÁTRIA?
A
lealdade à Pátria implica em fidelidade no cumprimento dos DEVERES DOS CIDADÃOS. O
exercício da cidadania não está vinculado a momentos; acontece na vida à medida
em que dedicamos, desinteressadamente, À
NOSSA LOCALIDADE, AO NOSSO ESTADO E AO NOSSO PAÍS, NOSSO TEMPO, NOSSO TRABALHO
E NOSSOS RECURSOS. O exercício da
cidadania, assim entendido, favorece nossa intenção, de forma consciente e
coerente, no processo de construção das pessoas e da sociedade.
Precisamos
cultuar e praticar o nosso Código de Ética!
Um
fraterno abraço leonístico a todas e a todos.
(*) Associado
do Lions Clube de Ribeirão Preto-Jardim Paulista (LC-6)
Ex-Governador 1997-1998 do
Distrito L-17 (atual LC-6)
Membro da AGDL-Associação dos
Governadores dos Distritos Múltiplos “L” Brasil
Confrade do APLIONS-Apaixonados
por Lions
E-mail:
andriani.ada@gmail.com